Registro e preservação da memória da Produção Intelectual da USP
1985 a 2015
1985 a 2015
Desenvolver estratégias para registro, preservação e acesso à produção intelectual da Universidade tem sido uma atividade contínua desde 1985, sob a coordenação do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP – SIBiUSP, criado em 1981.
O registro da produção intelectual da Universidade iniciou-se com a publicação da Resolução 2858 de 1º de fevereiro de 1985 [1], que estabeleceu as diretrizes e procedimentos para promover e assegurar a coleta da produção intelectual gerada nas Unidades da USP e a posterior transferência da informação à Coordenação do SIBiUSP.
Com a finalidade de preservar a memória da Universidade, àquela data já previa a obrigatoriedade de depósito de, pelo menos, um exemplar dos produtos gerados a partir das atividades de pesquisa pelos docentes e pesquisadores de nível superior da USP. Era obrigatório armazenar uma cópia impressa de cada documento cadastrado. Esse acervo ainda está preservado e acessível nas bibliotecas das Unidades, Institutos e Museus da Universidade.
Desde então, as bibliotecas da USP têm realizado a coleta, armazenamento, organização e registro de artigos de periódicos, livros e capítulos de livros, monografias e ensaios, trabalhos completos e resumos publicados em anais de eventos, traduções, folhetos e similares, edições revisadas, composições musicais e outras produções artísticas, além de mapas, cartas, publicações seriadas e relatórios técnicos.Todos esses registros constituem a Base 04 – Produção Intelectual – que está disponível por meio do Banco de Dados Bibliográficos da USP – o Banco Dedalus [2].
Em 1990, a Resolução Nº 3716, de 03 de Agosto [3] trouxe para o Conselho Supervisor do SIBiUSP a incumbência de normalizar a coleta da produção intelectual da Universidade e em 1995, a Resolução Nº 4221, de 17 de novembro [4] atualizou as diretrizes e procedimentos para promover e assegurar o controle bibliográfico da produção intelectual gerada nas Unidades USP e pelos Programas Conjuntos de Pós-Graduação, bem como a sua disseminação para a comunidade. Tal ação continua até os dias atuais. O Gráfico 1 apresenta a evolução do número de itens cadastrados na Base 04 do Dedalus, no período de 2010 a 2014, e dados parciais de 2015.
Para se ter uma ideia da importância do trabalho de registro da produção científica da Universidade, a seguir apresentamos gráfico comparativo entre o número de registros cadastrados no Banco Dedalus e na Base de Dados Web of Science (Thomson Reuters) – Gráfico 2.
Em relação à produção acadêmica da Universidade, o registro das teses e dissertações da Universidade, bem como a guarda e acesso ao documento original impresso são assegurados pelas bibliotecas da USP. Pelo menos um exemplar impresso de cada tese e dissertação defendida na USP está disponível nas bibliotecas. O Gráfico 3 exibe a evolução do cadastramento (Base 03 do Banco Dedalus) de teses e dissertações defendidas na USP no período de 2010 a 2014, e dados parciais de 2015.
A implantação da Biblioteca Digital de Teses e Dissertações – BDTD [5], em agosto de 2002, permitiu o registro, controle e acesso aberto à produção acadêmica da instituição em meio digital.
Iniciado em 2009, o projeto piloto para a construção do Repositório Institucional da USP foi implementado por uma equipe de professores e bibliotecários, em parceria com bibliotecas de três Unidades - EACH, ECA e FMVZ - e recursos provenientes da FINEP. Em 22 de outubro de 2012 passou a ser oficialmente reconhecido como repositório institucional da USP, a partir da Resolução 6.444 [6], contando, à época, com conteúdo indexado e acessível de cerca de 8.000 artigos científicos. Passou então a denominar-se Biblioteca Digital da Produção Intelectual da USP – BDPI[7]. Em 2013, foram acrescentadas novas funcionalidades e tipologias documentais, possibilitando o acesso aberto em meio digital a milhares de documentos na íntegra produzidos por autores USP. O trabalho de “povoamento” do repositório da USP continua, mantido pelas equipes bibliotecárias das Unidades, Institutos e Museus da Universidade, sob coordenação do Departamento Técnico.
Mais de trinta anos decorridos, o registro da produção intelectual (produção científica, acadêmica, artística e técnica) da Universidade de São Paulo constitui-se como trabalho pioneiro que resgata, preserva e torna acessível a outras gerações de pesquisadores e ao público em geral os resultados das atividades de pesquisa da USP.
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